Seguindo o ritmo de recuperação da economia brasileira, o setor aeroespacial, que envolve o desenvolvimento e a produção de veículos aeroespaciais como aviões e helicópteros, pode ser considerado um celeiro de oportunidades para diversos setores da indústria daqui para frente devido ao seu grande potencial de crescimento.
Para se ter uma ideia, “no mês de julho, a companhia aérea JetBlue anunciou a compra de 60 aeronaves da nova empresa AIRBUS. A United Airlines, no mesmo período, fez um pedido firme para 25 jatos E175 da Embraer, a qual vê, ainda, uma projeção de pedidos de 10.550 aeronaves para até 150 assentos nos próximos 20 anos”, comenta Marcelo Nunes, coordenador do Cluster Aeroespacial Brasileiro.
O profissional ressalta, ainda, que o mercado de voos regionais no Brasil será o quarto maior do mundo em 2030, atrás somente dos Estados Unidos, da China e da Índia. “As empresas tendem a aumentar a produção sem aumentar o espaço de produção, por isso, vejo necessário investir em equipamentos e capacitação que ajudem as indústrias a produzirem mais.”
Além disso, é fundamental buscar ferramentas mais eficazes e com maior durabilidade. No que diz respeito às máquinas, faz-se necessário, inclusive, buscar aquelas “inteligentes”, mediante a utilização da Internet das Coisas (IoT), da robotização e, claro, da inteligência artificial. Esses ativos chegam à indústria por meio da Manufatura Avançada (ou Indústria 4.0) e possibilitam o acompanhamento online da performance dos equipamentos, permitindo reprogramar linhas de produção e premeditando manutenções.
Outro aspecto fundamental para atender a essa crescente demanda é buscar as certificações necessárias para a atuação nesse mercado, como a AS9100, que nada mais é do que um sistema de gestão de qualidade amplamente adotado e padronizado pela indústria aeroespacial. A normativa foi criada em outubro de 1999 pela Society of Automotive Engineers e pela Associação Europeia de Indústrias Aeroespaciais.
Para processos espaciais, há, ainda, a acreditação NADCAP, que estabelece rígidos padrões consensuais, conduz auditorias de processos espaciais detalhadas e tecnicamente superiores, entre outras análises de qualidade.
Portanto, para a indústria que busca explorar o mercado aeroespacial, essas certificações são bastante importantes, tendo em vista que quem não atende aos requisitos de qualificação não consegue o acesso em completude às oportunidades trazidas pelo setor.
Sua indústria está pronta para atender as demandas desse segmento? Como você percebe as oportunidades do setor aeroespacial? Deixe sua mensagem no campo de comentários abaixo e continue acompanhando o nosso canal de conteúdo.