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4 soluções para melhorar a eficiência energética nas indústrias

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Você sabia que a indústria é responsável por cerca de 41% do total de energia consumida no Brasil? Diante disso, a busca pela eficiência energética nas indústrias começa a ganhar bastante importância dentro do setor.

Basicamente, o grande objetivo deste tema é o de otimizar processos para evitar o desperdício de energia, reduzindo custos e, principalmente, contribuindo para a preservação do meio ambiente. 

Para isso, muitas estratégias e soluções são cada vez mais utilizadas e focam na eficiência energética nas indústrias. 

Eficiência energética nas indústrias: o que é?

A busca pela eficiência energética nas indústrias é um ponto fundamental para o setor, no Brasil e no mundo, principalmente na garantia de melhor uso da energia e preservação ambiental.

Mas, em um contexto geral, Michel Navega, Gerente de Inovação da Ecogen, salienta que a eficiência é a otimização da relação entre produção e consumo. “A eficiência energética é representada pela maior produção, com o menor consumo possível”.

Para o ambiente das indústrias, a eficiência energética, portanto, seria produzir o maior volume de produtos, serviços, utilidades ou resultados com o menor consumo e/ou custo energético possível.

Dessa forma, a indústria se vê diante de um momento em que é preciso levar a sério os investimentos em eficiência energética para frear o consumo e estimular a competitividade do negócio.

Estratégias mais eficientes para alcançar a eficiência energética

Quando falamos em eficiência energética nas indústrias, devemos entender que não existe, necessariamente, um caminho exato a ser seguido. A implementação de estratégias tende a variar segundo o tamanho, o foco e o modelo de produção de uma empresa.

Mas, o gerente de inovação da Ecogen indica que existem basicamente 4 estratégias para melhorar a eficiência energética nas indústrias. 

  1. Uso de equipamentos mais eficientes

Esta é, segundo Navega, a vertente mais reconhecida. Ela consiste na substituição de equipamentos que consomem mais energia (geralmente antigos, mal dimensionados para as necessidades do projeto ou mal mantidos) por equipamentos que consomem menos energia para a mesma produção equivalente.

Alguns exemplos são o retrofit de iluminação e o retrofit de sistemas de ar-condicionado e refrigeração. 

O primeiro consiste na troca de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por lâmpadas com a tecnologia LED. “Lâmpadas LED possuem uma eficiência significativamente superior às demais, podendo trazer mais de 80% de economia elétrica em alguns casos”, diz o gerente da Ecogen. 

O segundo, na troca de equipamentos como chillers, por exemplo, visando a implementação de equipamentos mais eficientes, ou seja, que produzirão o frio com menos uso de energia elétrica ou térmica.

Outros exemplos incluem retrofit de compressores de ar, bombas, motores elétricos, transformadores ou qualquer maquinário onde se encontre a possibilidade de substituição por equipamentos mais eficientes.

“A viabilidade destes projetos depende do grau de influência e obsolescência dos equipamentos existentes e da quantidade de horas/mês de operação do sistema”, complementa Navega.

  1. Investir na automação

Nesta vertente, estão os projetos onde há a possibilidade de utilizar tecnologias para controlar a execução de determinadas ações. 

Para seguirmos os mesmos exemplos acima, um potencial projeto de automação simples seria conectar a iluminação de determinado empreendimento a sensores de presença, sensores de luz natural, temporizadores e reguladores de níveis para que a iluminação seja utilizada apenas quando realmente necessária e apenas pelo tempo necessário. 

“Embora o equipamento possa ser o mais eficiente possível, projetos de automação atuam de maneira a otimizar ainda mais o consumo no que tange ao tempo de utilização dos equipamentos”, indica Navega.

De maneira similar, porém com maior complexidade, há os projetos de automação de centrais de água gelada ou ar comprimido, como explica o gestor:

“Estes projetos identificam oportunidades para que tomadas de ações sejam mais rápidas, garantindo um menor consumo elétrico, e consequentemente trazendo mais segurança, com a diminuição significativa de possibilidade de falhas.”

  1. Otimizar processos

Em todos os casos, mesmo onde já exista um projeto eficiente e automatizado, ainda há espaço para alcance de maiores níveis de eficiência energética nas indústrias. 

Com uma ferramenta de análise de dados, por exemplo, é possível correlacionar diversas variáveis (temperatura externa, fluxo de pessoas, tarifas de energia, entre outras) e criar modelos com os melhores perfis operacionais possíveis de um empreendimento. 

Neste caso, Michel Navega explica que a atuação de sensores IoT, atrelados a ferramentas com capacidade para promover a inteligência artificial (por exemplo machine learning), pode auxiliar na indicação, ou até mesmo execução, das melhores combinações de equipamentos para cada momento. 

“Por meio dessas tecnologias, o parque de máquinas estará operando sempre nos pontos de máxima eficiência, consequentemente haverá menor consumo ou custo possível para a produção de determinada utilidade”, garante. 

Segundo Navega, o conceito de Indústria 4.0 está englobado nesta vertente. 

“Embora seja um termo utilizado já há algum tempo, ainda não é uma realidade consistente na maioria das indústrias do Brasil. Então há muita oportunidade de projetos de eficiência energética nas indústrias baseados neste modelo.”

  1. Diversificação da Matriz Energética

Por último, há o conceito da diversificação – ou transição – da matriz energética, que merece destaque. 

Nessa vertente, há uma substituição de um combustível para geração de determinada utilidade por um outro mais sustentável, como por exemplo quando é possível substituir a queima de óleo pesado por biomassa renovável para geração de vapor. 

Embora talvez não traga uma redução energética para a indústria, o gerente da Ecogen explica que este tipo de projeto traz um conceito de redução na pegada de carbono e no consumo energético da região ou país onde está situada a indústria, e em muitos casos trazendo redução de custo. 

“Por esse motivo, eu particularmente considero este tipo de projeto também inserido no conceito de eficiência energética nas indústrias”, finaliza Navega.

Benefícios da eficiência energética para o ambiente industrial

Considerando as estratégias expostas anteriormente, uma maior eficiência energética nas indústrias trará principalmente uma maior sustentabilidade, menor custo e maior segurança. 

Mas, como consequência, Michel Navega explica que muitos outros benefícios intangíveis são resultados oriundos dos três mencionados. 

“Ao investir em eficiência energética, a indústria estabelece uma marca mais forte, um produto mais competitivo, além de maior reconhecimento dos funcionários e do mercado”, ressalta.

Mas, para que estes benefícios sejam, de fato, conquistados, Navega salienta que os dados são peças fundamentais para alcançar a eficiência energética nas indústrias. 

“Ter a instrumentação correta, bem como uma ferramenta de coleta e análise de dados, é crucial para qualquer empreendimento, principalmente em indústrias. As melhores decisões, em qualquer ambiente, apenas serão tomadas caso os dados estejam disponíveis e sejam confiáveis.” 

Ademais, é interessante – e até gratificante – saber que o mundo, e consequentemente a tecnologia, estão em constante evolução. Isto significa que projetos de eficiência energética nas indústrias estarão sempre em pauta e serão, mais cedo ou mais tarde, uma rotina.

Agora que você entende a importância e principais alternativas, saiba como implementar a eficiência energética na indústria de plásticos

Profissionais para indústria: qual é o papel das pessoas e das empresas na nova economia?

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“A guerra entre homens e máquinas não existe”, enfatizou Néstor Fabián Ayala, Professor de Pós-graduação em Engenharia de Produção na UFRGS, ao apresentar na plataforma Indústria Xperience o seu estudo sobre o papel das pessoas na nova economia.

O título é: “A Maturidade 4.0 e a Perspectiva do Trabalho”. Ayala explicou que o objetivo é colocar os profissionais para indústria como um dos pilares da indústria 4.0 – e não os substituir.

Neste sentido, o professor disse que os desafios existem, mas que a tecnologia vem para exaltar o que as pessoas têm de melhor. Ou seja, os profissionais para indústria passarão cada vez mais a desenvolver atividades que agreguem valor aos processos e produto final, sempre com o auxílio da tecnologia. “É cada vez mais evidente que a Indústria 4.0 veio para conciliar a automação com o trabalho das pessoas”.

É preciso, no entanto, que os profissionais atuantes do mercado industrial entendam o seu papel como pilar da Indústria 4.0 e se atualizem acerca da digitalização industrial.

A propósito, isso já é uma realidade nas empresas brasileiras. Elas já apresentam um conceito mais inovador para suprir a demanda. Ayala explica que existem quatro dimensões a respeito da nova economia com a Indústria 4.0:

Smart Manufacturing: tecnologias aplicadas diretamente ao chão de fábrica, e diz respeito a processos mais inteligentes de manufatura;

Smart Supply Chain: tecnologias aplicadas à cadeia de suprimentos;

Smart Products and Service: o uso da tecnologia em produtos e serviços;

Smart working: traz o papel das pessoas na nova economia e como as tecnologias podem ajudar a melhorar o desempenho das atividades. Conforme já apontado, um não substitui o outro.

“A inteligência artificial existe para que as pessoas tomem decisões mais assertivas, baseadas em dados. Robôs são colaborativos e não substitutos”, ressalta o professor. Dessa forma, os profissionais da indústria devem se atualizar e compreender a importância da própria automação para a sua evolução como um especialista em processos.

Para Ayala, como as empresas são cada vez mais flexíveis e estão produzindo simultaneamente diferentes produtos, o trabalhador é quem consegue tornar isso realidade, no sentido de controlar essa diversidade de fabricação. Já a tecnologia vem para manter a qualidade e a produtividade dos processos. “O trabalhador está mais propenso a erros, a tecnologia não. Por isso um precisa do outro”.

Como as tecnologias influenciam o novo profissional para indústria?

Existem formas diferentes de lidar com os profissionais, uma vez que cada um tem sua própria bagagem. O que se pode fazer, segundo o professor da UFRGS, é dividir as pessoas em duas categorias: Brownfield e Greenfield.

A primeira diz respeito aos profissionais que já estão no mercado há anos. Seu ponto forte é a experiência e bagagem profissional, enquanto o ponto fraco está na falta da chamada “alfabetização digital”. Isso porque estão acostumados com o trabalho manual e foram, no decorrer dos anos, menos assistidos pelas tecnologias.

Por sua vez, as empresas devem quebrar essas barreiras e capacitar seus colaboradores de modo que se adaptem às demandas digitais. Os profissionais para indústria só têm a ganhar caso mergulhem em tais oportunidades.

Já a categoria Greenfield traz os profissionais mais novos, com conhecimento digital, porém sem a preparação acadêmica e experiências adquiridas pelos Brownfields. A indústria, no entanto, pode avaliar esse profissional e oferecer uma oportunidade, de modo que ele aprenda o trabalho e contribua com seu conhecimento tecnológico.

Neste sentido, uma empresa com ambas as categorias de profissionais tende a evoluir em qualidade, produtividade e tempo de entrega dos produtos, uma vez que um profissional completará o outro e ambos serão auxiliados pela tecnologia.

Mudanças no trabalho industrial

Ayala explicou ainda que algumas funções específicas na indústria sofrerão mudanças e serão positivamente afetadas pela digitalização. São elas:

Operadores: passarão cada vez mais a controlar as linhas de produção por totens. Ou seja, esses profissionais para indústria manusearão telas e não mais manivelas e botões.

Supervisores e coordenadores: tomarão decisões baseadas em dados. Não mais apenas na própria opinião. “E o melhor é que será uma espécie de experiência cruzada entre o profissional e os dados coletados”, salienta.

Gerente diretor: este profissional terá um olhar mais abrangente, com a visibilidade da Indústria 4.0.

Expert digital: já este colaborador será o analista da fábrica, que ficará a cargo de encontrar os gargalos e propor tecnologias para solucioná-los.

Ayala finalizou dizendo que profissionais e máquinas se complementam e que “a tecnologia é apenas um dos pilares da inovação para que a Indústria 4.0 seja bem-sucedida”. Os demais pilares são: social (com foco no trabalhador), ambiental (ações responsáveis) e organizacional – o ESG.

Confira a apresentação Profissionais para uma Nova Indústria na plataforma Indústria Xperience!

Estratégias para a indústria ter sucesso em vendas técnicas e consultivas

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O Portal A Voz da Indústria conversou com Rodrigo Portes, especialista em vendas B2B para indústrias, sobre as principais técnicas e dicas de vendas para as corporações. Também, sobre o que são vendas técnicas e consultivas, cujo objetivo é auxiliar o empresário do ramo industrial a alavancar a produtividade.

Para Portes, a principal atribuição de uma boa gestão de vendas diz respeito a manter-se constantemente atualizado sobre o respectivo segmento de atuação e também acerca das principais tendências e tecnologias da época vigente. “Dessa forma, o gestor estará contribuindo bastante para o desenvolvimento de sua equipe e empresa”, explica.

Vendas técnicas e vendas consultivas

A título de informação, a venda técnica é caracterizada pela necessidade de conhecimentos mais específicos de uma determinada área ou produto por parte do vendedor para que ele seja capaz de negociar, orientar e, muitas vezes, prestar suportes e treinamentos quanto a funcionalidade da proposta. O objetivo é garantir uma solução de qualidade, conforme as especificações técnicas do cliente.

“É importante que este profissional de vendas tenha assertividade e dedicação, pois uma venda técnica pode demorar consideravelmente mais que uma venda comum”, alerta Rodrigo Portes. Ainda segundo o especialista, é possível agilizar a tração do lead e gerar a fidelização do cliente, abrindo portas para negócios futuros.

Já a venda consultiva tem como o principal objetivo transformar o vendedor em um consultor, de modo que este profissional faça um diagnóstico da operação do cliente e ofereça a melhor opção. “É importante ressaltar que, normalmente, uma venda técnica é também uma venda consultiva. Especialmente no setor industrial”, explica.

Ou seja, vendas técnicas e consultivas se complementam.

Técnicas e dicas de vendas para o segmento industrial

O mundo mudou, as pessoas também. Com isso, temos novas formas de contato e maneiras de vender, principalmente, no setor industrial – este também em processo de mudanças drásticas.

Isso porque estamos passando pela Quarta Revolução Industrial – a era da Indústria 4.0, da IoT, Inteligência Artificial, Big Data, realidade aumentada, robótica, gêmeos digitais, impressão 3D e maquinários ultramodernos.

Conforme o especialista, o vendedor B2B industrial também precisa se aperfeiçoar e se reinventar, com foco em se adaptar às mudanças atuais. Para ele, algumas metodologias de vendas técnicas e consultivas tradicionais, como o SPIN Selling, continuam super atuais, porém o vendedor 4.0 deve incorporar ao seu escopo algumas características específicas. São elas:

  • Ser reconhecido como um especialista em sua área;
  • Dominar as ferramentas e tecnologias digitais de vendas como a IA, Big Data e Analytics;
  • Estar presente nas redes sociais, produzindo conteúdo e interagindo com os clientes;
  • Trabalhar em plena sintonia com o marketing;
  • Ser capaz de garantir o sucesso do cliente.

Tendências em vendas industriais

Rodrigo Portes ressalta que o futuro das vendas B2B será digital e centrado no computador. Espera-se que 80% das interações de vendas B2B entre fornecedores e compradores ocorram em canais digitais, de acordo com informações do report The Future of Sales.

Entre as estratégias de transformação de vendas técnicas e consultivas destaque para três tendências:

  1. As vendas devem ser posicionadas para facilitar as decisões de compra mais complexas;
  2. É crucial aumentar os conjuntos de habilidades digitais da equipe de vendas;
  3. As marcas devem construir um roteiro de tecnologia de vendas para o futuro.

“Temos um novo contexto nas vendas industriais que sinaliza mudanças drásticas na função do vendedor. Os líderes de vendas devem agregar valor significativo por meio de modelos de vendas digitais e omnichannel, auxiliados por profissionais de vendas que possam orientar os clientes para decisões de autoaprendizagem em que se sintam mais confiantes”, finaliza o consultor.

Saiba como definir e monitorar KPIs na indústria

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Depois de entender o que são KPIs e qual a importância desses indicadores para a indústria e negócios em geral, aqui o foco é nos principais KPIs e como eles podem ser implementados no segmento industrial – o chão de fábrica. Como podemos aplicar os KPIs na indústria?

Segundo Thiago Leão, Diretor Comercial da Nomus, “a indústria deve selecionar quais são os indicadores mais relevantes, que podem variar conforme cada objetivo e tipo de mercado”.

Ele explica que é essencial que uma empresa evite monitorar muitos resultados sobre os processos que não são tão relevantes para o objetivo final da empresa ou que não geram tanto impacto na performance fabril, comercial e administrativa.

“O excesso de relatórios e indicadores também pode ser prejudicial, por isso, é recomendado que apenas os números mais relevantes sejam metrificados”, indica Leão.

Fato é que, gerar um número grande de informações com relação aos KPIs na indústria, sem transformá-los em dados e em ações, é apenas uma maneira de tirar o foco da liderança e demais colaboradores dos pontos que, de fato, são importantes para alcançar os resultados esperados.

Dessa forma, alguns KPIs na indústria podem ser mais úteis do que outros, cuja importância está exatamente no que o diretor da Nomus fez questão de ressaltar: transformar dados em informações e ações.

Neste sentido, confira algumas categorias de indicadores de desempenho que podem ser cruciais para o sucesso da indústria e do negócio como um todo.

1. Indicadores de produtividade

Para utilizar os KPIs na indústria é essencial mirar nos indicadores de produtividade. São ferramentas aplicadas de maneira contínua na gestão do chão de fábrica, em que o objetivo está na avaliação do rendimento e na eficiência dos processos (produtivo, comercial e administrativo). Em suma, esses indicadores atuam de modo a mensurar a quantidade de recursos que uma companhia utiliza para produzir seus produtos ou serviços.

2. Indicadores de qualidade

Os indicadores de qualidade trabalham em parceria com os indicadores de produtividade. Isso porque ambos se complementam na análise de qualquer imprevisto, gargalo ou erro cometido ao longo do processo de manufatura. Assim, é possível determinar onde estão os problemas e saná-los com o auxílio de especialistas.

3. Indicadores de capacidade

Esses KPIs na indústria analisam a capacidade que um determinado processo produtivo oferece como tempo de resposta. Tudo, por meio da relação entre as demandas produzidas e entregues por unidade de tempo. Os indicadores de capacidade também são fortes aliados aos dois anteriores, dando competitividade a empresa e mostrando quão capaz ela é, bem como seus diferenciais ante a concorrência.

4. Indicadores estratégicos

Já essas métricas são essenciais para fornecer informações sobre como a corporação está em relação às suas metas definidas para um ano todo, por exemplo. Os indicadores estratégicos fazem um comparativo entre o cenário atual da companhia e o que foi esperado para ela. Resumidamente, mede “a quantas anda” o negócio rumo ao aumento da produtividade e receita.

Ainda sobre a importância dos indicadores e de coletar dados na indústria, conheça os métodos da Pesquisa Operacional.

Você sabe o que são KPIs?

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Você sabe o que são KPIs? São os indicadores-chave de desempenho (Key Performance Indicator) a serem observados em um determinado negócio/indústria.

Para conhecer melhor o que são e por que utilizar os KPIs, conversamos com Thiago Leão, Diretor Comercial da Nomus, que explicou a importância do tema para a indústria e demais segmentos.

Primeiramente, saiba que ter KPIs bem definidos é parte fundamental da estratégia de gestão de uma companhia. Isso porque, segundo Leão, “são aquelas métricas escolhidas para entrar em um pacote de indicadores que serão monitorados a fim de um determinado objetivo”.

O diretor reitera que tudo varia conforme a atuação de cada empresa. “É importante frisar que KPI não é todo indicador, mas sim os escolhidos para serem medidos”, completa.

A importância do KPI

É primordial saber definir os indicadores mais importantes de uma determinada indústria. É possível, inclusive, dividi-los em produtividade, qualidade, capacidade e estratégias. Ou seja, os valores quantitativos fundamentais que medem os principais processos internos da respectiva corporação.

Thiago Leão ressalta a importância de cada KPI, uma vez que “ajudam a medir e gerenciar os processos da fábrica para que os parâmetros estejam dentro do esperado frente a uma meta”.

Sendo assim, a partir de tais números é possível tomar decisões que possam ajustar, reajustar, planejar ou aplicar alguma outra ação que seja necessária. “Eles ajudam a avaliar e a manter a indústria ‘nos trilhos’, buscando crescimento e alta performance”, conclui.

Com relação aos principais aspectos e vantagens dos KPIs tanto na indústria quanto nos negócios, Leão diz que toda empresa precisa ser medida para, assim, ser bem gerenciada. “Os KPIs munem o gestor dos dados que devem ser a base para a tomada de decisões”.

As métricas dos KPIs, por sua vez, devem ser separadas em níveis. O primeiro compreende as mais gerais e estratégicas para a corporação em uma visão macro da corporação, incluindo administração, fábrica e departamento comercial. Já o segundo nível diz respeito às métricas mais específicas, ou seja, uma determinada área ou detalhe da produção.

Exemplos de métricas gerais

  • Taxa de Churn
  • MRR (Receita Mensal Recorrente)
  • Fluxo de caixa
  • Produtividade

Exemplos de métricas específicas

  • Custo por lead
  • Taxas de conversão

Uma dica sobre KPIs é com relação às possibilidades de análise. É fundamental que toda indústria saiba quais são os parâmetros fundamentais (ou chaves) para o crescimento do negócio.

Dessa forma, será possível entender como está cada um dos números diante dos resultados apresentados e traçar objetivos plausíveis a serem realizados. Para isso, é essencial optar por algumas das diversas categorias de indicadores. Entre elas, indicadores de produtividade, indicadores de qualidade, indicadores de capacidade e indicadores estratégicos.

Acompanhe as características de cada um deles no próximo conteúdo e saiba como definir e monitorar KPIs na indústria.

Tudo o que você precisa saber sobre liderança na indústria

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A plataforma Indústria Xperience está lançando mais uma maratona de conteúdos para aprimorar habilidades e compartilhar conhecimentos com as indústrias.

Desta vez, marcando o início da jornada de 2023, o tema é Liderança!

Além de vídeos dos eventos FEIMEC e Indústria Xperience, essa maratona vem acompanhada por artigos, e-books e até sugestões de livros para que você aprenda tudo sobre liderança na indústria.

Confira a seguir os conteúdos de destaque com a Maratona Indústria Xperience: Liderança.

Desenvolvendo a liderança

Segundo Peter Drucker, a única verdadeira definição de um líder é alguém que tem seguidores. Um líder eficaz não é alguém que seja amado ou admirado. Ele ou ela é alguém cujos seguidores fazem a coisa certa. A popularidade não é liderança, os resultados à são.

Já para a conceituada Harvard, liderança é, essencialmente, um ato de comunicação. O líder tem que ter capacidade de persuasão. Isso exige o uso de palavras para convencer pessoas a seguirem ideias. O bom líder não impõe as vontades, mas as torna atrativas para outros.

Liderança, segundo muitos especialistas, é uma habilidade (ou skill) útil para qualquer pessoa, em qualquer grupo ou trabalho.

Vídeos Maratona Liderança

Assim, cobrindo as principais demandas de gestores nas indústrias, acompanhe os vídeos exclusivos Indústria Xperience na Maratona Liderança:

  • Liderança Fora da Caixa (Prof. Mauro Andreassa)
  • O Futuro das Profissões e suas Habilidades (Madalena Feliciano – Outliers Careers)
  • Como treinar e reter talentos para a sua indústria (Madalena Feliciano)
  • Liderança para profissionais de chão de fábrica (Fábio Tozzini – Consultor Especialista em Gestão Industrial)
  • Líder, a arte de recrutar hoje! (Cristina Moraes – Talentum Partners)

Acesse a plataforma Indústria Xperience e assista!

Mais sobre liderança: confira os materiais complementares!

Prefere ler? Quer investir em um livro sobre o tema? Confira aqui nossas sugestões para complementar seus conhecimentos sobre liderança.

A Voz da Indústria:

Artigos acadêmicos:

Revista de Administração Contemporânea: Atuação do Líder na Gestão Estratégica de Pessoas: Reflexões, Lacunas e Oportunidades

Revista de Administração da UFSM: Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas: Duas Faces da Mesma Moeda  

Livros recomendados:

  • Desafios da Liderança (10 Leituras Essenciais Harvard Business Review) — Editora Sextante
  • Liderança: A Inteligência Emocional na Formação do Líder de Sucesso — Daniel Goleman
  • Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir — Simon Sinek

Maratonas Indústria Xperience

A Indústria Xperience é a plataforma digital dos eventos FEIMEC e EXPOMAFE, que oferece Conexão com o Setor Industrial por meio de inovação, conteúdo, networking e oportunidades de negócios 365 dias por ano.

Com um amplo portfólio de fornecedores e produtos, possibilita o contato direto com as principais marcas e colaboradores relacionados as indústrias de máquinas-ferramentas, automação industrial, equipamentos e insumos com recursos para networking que inclui: videochamadas, grupos de discussão, agenda personalizada de eventos digitais, chat para interação e muito mais.

As Maratonas são mais uma iniciativa de produção e curadoria de conteúdo para compartilhar informações sobre os pontos mais importantes para a Indústria 4.0.

Você pode acessar tudo isso gratuitamente, ou ainda criar sua conta para interagir com os vídeos, navegar entre as marcas expositoras e ainda conectar com outros profissionais.

Participe da Indústria Xperience!

Guia ESG na indústria: tudo o que você precisa saber

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O ato de inovar é uma necessidade recorrente em todos os setores da sociedade. No ambiente industrial, a inovação vem sendo aplicada a diversos setores. Mas, dentre todas as possibilidades em inovação, as medidas ESG na indústria são extremamente importantes.

O ESG (Environmental, Social and Governance - em português, Ambiental, Social e Governança) está ligado à busca incessante pela sustentabilidade, mas também a boa reputação da indústria perante a sociedade.

Uma indústria que se compromete com a adoção de boas práticas de gestão consegue conduzir uma operação mais sustentável em vários aspectos. Consequentemente, ela gera melhores resultados.

Com este material exclusivo A Voz da Indústria, confira mais detalhes sobre os conceitos de ESG.

Baixe o Guia ESG para Indústrias!

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Iniciativas sustentáveis da indústria automobilística

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Também na indústria automobilística, o ESG se tornou “pedra fundamental” nas principais empresas a nível mundial. O segmento vem tomando medidas práticas em favor do meio ambiente, considerando o universo social e a transparência das ações.

Neste sentido, as corporações automotivas estão implementando ações de impacto que plainam entre processos de reutilização de materiais, descarbonização, economia circular, logística reversa, eficiência energética, tratamento de efluentes etc.

Isso porque a objetividade do ESG facilita o entendimento sobre o que deve ser feito. No entanto, apresenta também a urgência da adoção de práticas verdadeiramente sustentáveis. A propósito, um ponto que a indústria automobilística já compreendeu é: ser sustentável vai muito além da questão ambiental.

Esse estilo de vida diz respeito às bases que sustentam as atividades de uma empresa. E isso envolve os fatores econômicos e sociais que ditam o ESG.

Por isso, é seguro dizer que, ao adotar práticas ESG, a indústria automobilística cria também soluções para se manter saudável a longo prazo. Ela, invariavelmente, passa a respeitar, por exemplo, os limites da natureza, além do bem-estar de uma determinada comunidade e da sua própria operação.

Cases de sustentabilidade

Descarbonização

Para a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), uma das prioridades em prol do planeta é a descarbonização. Luiz Carlos Moraes, Presidente da Anfavea, diz que essa discussão para a indústria automobilística é fundamental e inadiável, pois as empresas precisam saber como direcionar seus investimentos para as próximas gerações de veículos.

“Só assim o Brasil poderá se ver inserido nas estratégias globais das novas tecnologias de motorização e no completo tabuleiro do comércio exterior”, explica o presidente.

A propósito, a própria Anfavea divulgou um estudo que aponta três macro cenários para o Brasil nos próximos 15 anos com relação a descarbonização. O primeiro trata-se de um mundo “Inercial”, em que a transformação ocorrerá no mesmo ritmo que temos hoje, sem políticas específicas que incentivem a eletrificação e organizem os setores envolvidos na geração, transporte e distribuição de energia.

Por sua vez, o segundo, chamado “Convergência Global”, traz uma certa aceleração no sentido de acompanhar os movimentos já em curso aplicados pelos países mais desenvolvidos. Já o terceiro cenário é o “Protagonismo de Biocombustíveis”, cujo objetivo é privilegiar uma maior introdução de combustíveis verdes, mas com um grau de eletrificação semelhante ao primeiro macro cenário.

“Esses cenários de descarbonização se somarão a um grande esforço que a indústria automobilística já vem realizando no controle das emissões desde a criação do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares).”

A saber, o Proconve foi criado em 1980 e, desde então, vem apresentando resultados positivos, medidos nos relatórios anuais da Cetesb sobre a qualidade do ar. Eles apontam uma redução drástica da poluição veicular, sendo que, de 2006 a 2019, houve uma queda pela metade dos gases medidos na atmosfera, mesmo com um aumento de 66% na frota de carros circulantes, conforme o próprio relatório do Proconve.

Recuperação hídrica

A Scania, fabricante de soluções de transporte sustentável, vem trabalhando com diversas ações de descarbonização, mas também com o uso eficiente de recursos naturais em sua fábrica brasileira que fica em São Bernardo do Campo (SP).

Ao longo de 2022, por exemplo, a empresa, ligada a indústria automobilística, investiu em uma estação de tratamento de efluentes, de modo que quase a totalidade do processo produtivo da companhia passou a ser abastecida com água de reuso, e seu excedente doado ao município onde está localizada.

De acordo com Gustavo Bonini, Diretor de Relações Institucionais da empresa, “reduzir o impacto ao meio ambiente é uma obrigação, uma questão de responsabilidade”. Ele afirma que, com a implantação do novo sistema, a Scania conseguiu tratar de maneira mais eficiente a questão da água, além de poder dar um destino nobre para o excedente. “Queremos dar visibilidade para nossos valores, nosso propósito e, principalmente, nosso orgulho de estar no Brasil”, comemora Bonini.

Além do tratamento de efluentes, a Scania estabeleceu seis Metas Ambientais Corporativas, tendo como base o ano de 2015 até 2025. São elas:

  • energia elétrica livre de fósseis em 100% das operações;
  • redução de 50% das emissões de CO2 no fluxo logístico terrestre por tonelada transportada;
  • redução em 25% do uso de energia nas operações industriais;
  • menos 50% na geração de resíduos não recicláveis por unidade produzida;
  • menos 40% no uso de água por unidade;
  • redução de 75% das emissões de CO2 das operações industriais.

Bonini alerta que “a busca pela diminuição dos impactos ambientais envolve a redução da emissão de gases de efeito estufa, mas também outros aspectos ambientais que contribuem para o equilíbrio da vida no planeta, como a redução do uso de água e energia, da geração de resíduos, entre outros”.

Outras iniciativas de sucesso

A Fundação Toyota é outra corporação da indústria automobilística com foco em iniciativas sustentáveis e de ESG. A organização está investindo na Área de Preservação Ambiental Costa dos Corais, em Pernambuco. Além disso, ela se dedica ao projeto Águas da Mantiqueira, cujo trabalho é diagnosticar os remanescentes da Mata Atlântica, distribuídos em 10 bacias hidrográficas em Santo Antônio do Pinhal (SP) – essenciais à manutenção de serviços ambientais, principalmente, dos hídricos.

De acordo com Saori Nishikawa, Gerente de Meio Ambiente da Toyota do Brasil, a organização possui um documento chamado Desafio Ambiental Toyota 2050, que compreende seis desafios com as prioridades da empresa, entre eles, o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias e o papel da montadora como facilitadora para melhorar o contexto econômico e o ambiente natural a volta de pessoas e comunidades.

“A gente não quer radicalismo. Sabemos que o desenvolvimento é importante e queremos que ele traga benefícios para o planeta. E isso deve acontecer de forma sustentável”, conclui.

Tanto a Toyota quanto a Scania, influentes montadoras da indústria automobilística, atendem à certificação ISO 14001, que especifica os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental e ajuda a fortalecer qualidades para que a respectiva corporação desenvolva a sua estrutura de proteção à natureza. Também, com rápida resposta em caso de mudanças nas condições ambientais.

Metodologia ágil: o que a indústria precisa saber para aderir?

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A metodologia ágil pode ser explicada como um conjunto de práticas e/ou ferramentas voltadas ao aumento da captura de valor na gestão de processos e projetos organizacionais de uma corporação. Ou seja, existe para tangibilizar o conceito de agilidade na administração dos negócios, e com total precisão. 

Aqui, especificamente a indústria, levando em consideração o seu ambiente mais complexo, cuja mudança pode ser constante, bem como as incertezas e os gargalos também.

O uso da metodologia ágil é essencial para atender aos interesses de todos os envolvidos com os resultados da companhia, tais como clientes (principalmente), fornecedores, instituições governamentais e até os concorrentes.

Como o próprio conceito sugere com a palavra “ágil”, o objetivo é adquirir flexibilidade, integração, colaboração, qualidade de processos e também uma visão mais sistêmica na condução dos processos e projetos organizacionais.

Os primeiros conceitos relacionados à metodologia ágil são creditados à indústria de desenvolvimento de software. No entanto, com o advento da Indústria 4.0 e as demandas cada vez maiores, muitos outros segmentos aderiram aos respectivos princípios.

Segundo Fábio Oliva, Professor da FIA Business School, os principais são: a indústria automobilística, aeroespacial, química e de eletroeletrônicos. “Em 20 anos, as práticas evoluíram e desenharam tal cenário”.

Ainda de acordo com o professor, a metodologia ágil traz uma nova visão de negócio para as práticas de gestão de uma companhia de forma evolutiva e graças ao “Manifesto Ágil” original – declaração de valores e princípios essenciais para o desenvolvimento dos softwares. Mesmo tendo sido elaborado para o setor de tecnologia, seus princípios são inegáveis aos demais setores.

Mas como? De que forma a metodologia ágil pode beneficiar a indústria? Quais são os principais métodos? Confira as respostas a seguir!

Quais são os principais aspectos da metodologia ágil?

Conforme explica Fábio Oliva, ideias como o desenvolvimento de um produto mínimo viável (MVP) para a criação de um protótipo ou o lançamento de um novo produto com mais celeridade, por exemplo, podem ser beneficiados com o uso de tecnologias digitais.

“Isso, para melhor gestão de projetos ou de processos com relação à comunicação e a integração das equipes. A adoção de projetos sistêmicos com feedback mais curto e a possibilidade de colaboração de todas as partes envolvidas são alguns dos aspectos da metodologia ágil.”

Por que esse conceito tem conquistado cada vez mais os gestores?

Para o professor, a metodologia ágil está encantando os gestores por conta da redução de custos, de prazos de entrega e pela aceleração do processo de inovação, o que torna as empresas cada vez mais competitivas. “Assim, os conceitos, as práticas e as ferramentas ágeis estão sendo incorporadas no dia a dia das organizações”, comenta.

Como aplicar a metodologia ágil e quais são as mais utilizadas?

O primeiro passo é conquistar a confiança e o apoio de todos os líderes da corporação, mostrando a importância de deixar o processo de entrega dos produtos aos clientes mais transparente. Além disso, é essencial optar por ferramentas mais simples, que podem facilitar a vida de quem está começando com a prática.

As mais comuns são a Scrum e a Kanban – ambas auxiliam no direcionamento dos projetos com regras claras e processos simples para as atividades da respectiva equipe. Conheça!

Scrum

A Scrum é uma metodologia ágil capaz de controlar o trabalho de uma indústria, se tornando um forte aliado da produtividade, com foco na eficiência. A ferramenta divide os projetos em ciclos, os quais são chamados de sprints. Dessa forma, as tarefas a serem cumpridas são listadas em um backlog, ao passo em que no ciclo de cada sprint é feito o planejamento e a priorização das tarefas em questão.

Quem adere ao Scrum passa a realizar reuniões de acompanhamento para a verificação do status de cada tarefa a ser cumprida e para a identificação das próximas atividades. Mas atenção, as reuniões são curtas e objetivas. Aliás, esse é o foco da metodologia ágil.

Kanban

Por sua vez, a Kanban é uma ferramenta praticamente visual, que pode ser dividida em cards: to do (a fazer), doing (fazendo) e done (concluído). Nela, o usuário deve movimentar os cards elaborados para cada atividade a ser executada, de modo a sinalizar em qual etapa a tarefa está. Esse método permite, por exemplo, que toda a equipe veja qual dos colaboradores está precisando de ajuda com a demanda e de que forma um pode auxiliar o outro a fim de mover os cartões para a fase done.

Aproveite e saiba mais sobre a importância da metodologia ágil para a Indústria 4.0.

Qual será o foco da próxima revolução industrial?

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O mundo passou por quatro revoluções industriais, as quais transformaram a economia e todos os setores de manufatura. A quarta e última revolução é fruto das três anteriores.

A primeira (1760 a 1840) deu origem aos paradigmas que temos hoje na área de produção em grande escala, cujos modelos agrícolas e artesanais deram lugar ao método industrial de hoje em dia, com o uso das máquinas. A respectiva época foi marcada também pela fabricação de produtos químicos e a expansão do transporte de pessoas e produtos por ferrovias e navios a vapor.

Por sua vez, a segunda revolução industrial (1850 a 1945) teve como destaque o advento das indústrias químicas, elétricas, de petróleo e aço, bem como o progresso dos meios de transporte e comunicação.

Já a terceira revolução industrial trouxe consigo a substituição gradual da manufatura mecânica analógica pela digital, com o uso de microcomputadores e a chegada da Internet. A propósito, novos métodos de agricultura foram criados, justamente, pelas novas produções informatizadas.

O período da terceira revolução industrial (1950 a 2010) ficou caracterizado também pela introdução de novas fontes de energia, entre as quais, nuclear, solar e eólica. Surgiu também a engenharia genética, a biotecnologia e a invenção que passou por diversos ciclos até chegar ao que é hoje como um dos principais ganchos para a próxima revolução: o celular.

Isso porque a quarta revolução industrial (desde 2011), também conhecida como Indústria 4.0, nasceu com o objetivo de utilizar todas as tecnologias disponíveis à indústria, gerando cada vez mais conhecimento e produtividade.

A quarta revolução industrial, que ainda está em fase de implantação, visa aplicar todas as formas de tecnologia possíveis em favor da indústria, com destaque para a automação e eficiência operacional. Efetivamente, a ideia é transformar o mundo industrial em um universo cada vez mais inovador.

E a próxima revolução industrial?

O que se pode dizer sobre as próximas inovações para revolucionar mais uma vez a indústria é que já existem fortes pilares para alicerçar a chamada Indústria 5.0 – ainda que a 4.0 não esteja 100% completamente efetivada.

A ideia de mais uma revolução industrial traz conceitos importantes para um novo modelo de negócio baseado não só na otimização dos processos, mas também (ou principalmente) na junção do sucesso comercial com a qualidade de vida das pessoas.

Segundo João Pires, Executivo de Vendas da SPS Group, “esse conceito trata de adicionar o toque humano às inovações tecnológicas da Indústria 4.0”. Pires quer dizer que não se trata apenas de tecnologia, mas de um trabalho em conjunto entre máquinas e pessoas.

A Indústria 5.0, segundo o executivo da SPS, reconhece a importância dos avanços robóticos, digitais e de automatização, mas sem abrir mão do potencial da inovação criativa e do papel do ser humano no processo de manufatura.

“Na prática, ninguém imaginava que a Indústria 4.0 traria tantos avanços impressionantes e vantajosos em tão pouco tempo. Processos de interoperabilidade desenvolvidos por meio da inteligência artificial ganharam força nos últimos anos, proporcionando o surgimento de máquinas inteligentes, smartwatches, consultas online e muitos modelos de negócios descentralizados com soluções altamente modernas. Um dos exemplos mais clássicos foi o Bitcoin, criptomoeda que mais se destacou internacionalmente pela dispensa de controle e administração governamental”, completa.

Como a Indústria 4.0 motivou a 5.0?

A resposta é simples: a produtividade e a competitividade foram os grandes preceitos que conduziram a Indústria 4.0 nos últimos anos, dando abertura para a 5.0 se posicionar, conforme explica João Pires. O representante destaca ferramentas como IoT, machine learning e automação de processos.

“Agora, colhendo os frutos destes avanços, uma nova necessidade foi identificada e vem sendo redirecionada às estratégias corporativas. O ser humano se tornou o grande protagonista e o foco da quinta revolução industrial”, ressalta Pires.

E completa: “com uma arquitetura voltada a serviços, a preocupação com a sociedade, os processos ambientais e o impacto para a vida do ser humano se tornaram prioridade. Não à toa, os investimentos nas práticas socioambientais e de governança ganharam tamanha notoriedade nos últimos anos”.

A expectativa, segundo uma pesquisa conduzida pela Bloomberg, é de que os investimentos nessa área devem chegar a US$ 53 trilhões até 2025. Porém, para João Pires, muito mais do que ter o conhecimento técnico necessário para se inserir neste novo contexto, a Indústria 5.0 necessitará de profissionais com amplas soft skills, como comunicação, autogestão e criatividade.

“Todas essas habilidades são essenciais para unir a eficiência das máquinas ao trabalho humano em prol da qualidade de vida e da sustentabilidade em todo o mundo. O mindset corporativo será completamente reformulado: unindo essas mudanças interpessoais com a maior colaboração de todas as áreas organizacionais, de forma que todos operem em conjunto, visando o mesmo objetivo”, finaliza.