Nos últimos quatro anos, o Brasil se viu mergulhado em uma crise política e econômica sem precedentes em sua história. A boa notícia é que o pior parece ter passado, e o país já começa a retomar as suas atividades industriais. O PIB (Produto Interno Bruto) deve manter-se positivo até o fim de 2017 – acredita-se até que superior aos 0,2% inicialmente estimados –, dando a 2018 o status de o “ano da virada”.
No entanto, a crise deixa para a indústria um ônus, cuja solução é inerente à retomada de seu crescimento. José Velloso Dias Correa, presidente executivo da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), explica que “o Brasil ficou com um parque de máquinas mais antigo do que já tinha. E, justamente por isso, é inevitável que os empresários voltem a investir”.
Podemos dizer, portanto, que estamos diante do “timing da virada”, o momento de investir para voltar a crescer – de apostar em novos processos de manufatura para se tornar mais produtivo e competitivo, além de capaz de fazer frente aos concorrentes no mercado externo. Afinal, se há uma lição deixada pela crise, é a necessidade de internacionalizar a produção, disputando, também, espaço “lá fora”.
Fabio M. Narahara, diretor de marketing da Ingersoll Rand, lembra que “investimentos em maquinários são sempre necessários, seja para expansão ou manutenção de uma empresa no mercado. Em tempos de crise, no entanto, muitos empresários tentam prolongar ao máximo a vida útil de seus ativos, mas esta estratégia chega a um limite. Em paralelo, equipamentos novos, com maior produtividade e eficiência, são lançados. Ou seja, existe sempre a intenção de voltar a investir em máquinas.”
Contar a todos que sobrevivi
Mostrar ao mercado que a sua empresa sobreviveu à crise também é fundamental neste momento de virada econômica. Isso denota boa gestão, além de um produto forte e competitivo. Portanto, a hora de expor isso ao seu cliente é agora.
Dirk Huber, diretor da Junker do Brasil, expositora da Feimec 2018, concorda que “independentemente da situação econômica em que o país está, é sempre importante divulgar a presença da empresa no mercado e apresentar suas novidades”.
Ou seja, uma boa estratégia de marketing, que contemple a presença em feiras setoriais, é essencial para o empresário que deseja mostrar-se ativo aos seus clientes e à altura dos melhores. Afinal, somente os mais fortes e de melhor qualidade sobreviveram ao momento mais conturbado da história da economia brasileira. É a teoria da Seleção Natural de Darwin aplicada à indústria. E perder este timing, depois de ter chegado até aqui, não é nem um pouco razoável.