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E-commerce para indústrias: Como implementar e quais as possibilidades?

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O e-commerce para indústrias é uma abordagem de venda que permite com que as indústrias vendam diretamente para o consumidor final por meio de um canal digital, e não se limite apenas ao comércio com outras empresas. Saiba mais!

Não é mais novidade para ninguém que o e-commerce vem revolucionando a maneira com que o consumidor faz suas compras. A praticidade das compras online conquistou diversos públicos e se tornou bastante comum entre consumidores.

Porém, para a indústria a implementação do e-commerce é dificultada por alguns pontos. Isso vem exigindo das empresas o desenvolvimento de soluções que as permitam utilizar as plataformas de vendas digitais para o comércio B2B (Business to Business).

Mesmo sendo mais técnicos e especializados, os consumidores B2B querem a mesma praticidade, rapidez e comodidade nas compras para suas empresas como nas realizadas em lojas virtuais B2C (Business to Consumer).

Diante deste cenário cada vez mais digital, convidamos especialistas da área para falar sobre as possibilidades de uso do e-commerce para o ambiente industrial. Confira!

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Como funciona o e-commerce para indústria? 

Tradicionalmente, as indústrias tem como foco da sua produção a venda para outras empresas no famoso comérico B2B. Entretanto, com o surgimento dos mercados digitais esse cenário começou a se transformar.

O crescimento das vendas pela Internet fez com que algumas indústrias passassem a vender não só para outras empresas, como também para o consumidor final. Ou seja, se trata de toda uma nova fatia de mercado que pode ser explorada pela indústria.

É exatamente assim que o e-commerce para indústria funciona, criando esse canal digital que liga a indústria diretamente com o consumidor final e não apenas com as empresas.

É óbvio que não se trata de abandonar o mercado B2B, mas sim de começar a explocar essa nova possibilidade no B2C.

E-commerce no Brasil em crescimento constante

Não há como duvidar, o consumidor tem se tornado cada vez mais omnichannel e decidindo onde deseja realizar suas compras, consequentemente o mercado digital cresce ano após ano.

No 1º semestre de 2022, o e-commerce atingiu 118,6 Bilhões de reais em vendas, com um crescimento de 6% em relação ao semestre anterior, segundo relatório divulgado pela Webshoppers.

Diante dessa nova realidade, muitas indústrias tiveram que se reinventar para vender online. O desafio do setor industrial é conquistar um consumidor cada vez mais omnichannel e exigente.

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Segundo Fernando Moulin, partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente, o e-commerce oferece uma série de vantagens, seja para a indústria ou varejista. 

“A internet está disponível na palma da mão das pessoas em qualquer lugar e momento (desde que haja conectividade). O e-commerce chega para suprir essa necessidade de estar conectado o tempo todo, complementando o conjunto de soluções de vendas e relacionamento para oferecer experiências diferenciadas para os clientes.”

Já Filipe Silveira, Diretor de Marketing e Vendas da LETT, segue a mesma linha de pensamento quanto às vantagens do e-commerce. “Acredito que a grande vantagem do e-commerce é oferecer uma opção a mais de compra para o consumidor e aumentar as chances de vendas com um canal tão promissor”.

Por que é importante para a indústria possuir um e-commerce?

Um canal digital de vendas permite que indústrias de diferentes formatos e segmentos aumentem o seu alcance. O comércio online ajuda a encontrar clientes em todo o mundo, de modo que a empresa possa explorar novos nichos e expandir a carteira.

Trata-se de uma oportunidade de impulsionamento. É preciso crescer, inovar e atender as expectativas do mercado. Para isso, é fundamental que a indústria consiga implementar, divulgar e expandir o e-commerce.

E-commerce na indústria: dados e informações relacionados ao cliente final

Assim como ocorre com o varejo, o e-commerce nas indústrias é crescente, levando uma série de vantagens para o setor. 

Para Moulin, a principal vantagem para as indústrias seria o uso de dados e informações sobre o cliente final. “Com o e-commerce conseguimos entender melhor as expectativas e necessidades de um público mais específico”, garante.

Além disso, as indústrias têm a possibilidade de interagir diretamente com seus consumidores, seja B2B ou B2C, sem a intermediação de um varejista. “Isso possibilita desenvolver relacionamentos mais personalizados e fortalecer a marca”, complementa.

Pensando na era da 4ª Revolução Industrial, a era da transformação digital, possuir as informações do consumidor é fundamental para o sucesso do negócio.  Assim, o partner da Sponsorb acredita que essa seja uma grande vantagem estratégica. 

“As possibilidades de uso do e-commerce são infinitas, desde praticar vendas diretas com a criação de uma unidade de negócios até a possibilidade de testar soluções e inovações diretamente com o cliente e ter o feedback, mesmo que essas soluções não sejam vendidas em outros canais.”

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Além disso, quando falamos das indústrias que estão entrando no e-commerce, muito gestor pode pensar somente no e-commerce próprio (D2C), onde a marca vende seus próprios produtos diretamente ao consumidor. 

Porém, segundo Filipe Silveira existe um mar de possibilidades e canais que vão muito além disso. “Acredito que essa é uma das principais vantagens”, diz.

Hoje, existem canais online divididos em algumas categorias, como marketplaces Pure Players, Brick & Cliques e Last Miles.

Estes canais amplificam a atuação das indústrias não limitando que elas estejam presentes online apenas com a criação de um e-commerce próprio e que pode exigir um investimento tecnológico e logístico muito alto”, complementa Silveira.

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Principais estratégias para alcançar o sucesso do e-commerce de uma indústria

Seja para o varejo ou para a indústria, entender o comportamento de compra do consumidor online é um fator essencial para o sucesso dessa estratégia.

Mas, diferentemente do varejo físico, o Diretor de Marketing e Vendas da LETT explica que o consumidor não consegue pegar no produto disponível no e-commerce, por isso, ele usará outras formas para conseguir as informações que ele deseja antes de comprar.

“As imagens do produto, descrição, avaliações de outros compradores, são detalhes que fazem diferença na hora da compra. De acordo com a pesquisa realizada pela Lett, o uso de 3 imagens ou mais nas páginas de produto online gera um aumento de 15,8% na taxa de conversão do e-commerce.”

Além disso, produtos com 300 palavras ou mais na descrição possuem um número médio de tempo de permanência na página 43,1% superior ao de descrições com até 25 palavras.

Por isso, garantir que as informações completas na página de produto é um dos pontos de maior atenção na execução online”, sugere Filipe Silveira. 

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Mas além do conteúdo, Silveira salienta que existem outros pontos na estratégia que devem ser muito bem planejados, como sortimento e disponibilidade de estoque.

“Imagine que a indústria se preocupa em garantir o conteúdo completo, mas se esquece de avaliar o sortimento por loja e estoque, e ao procurar um produto, o usuário não o encontra no site que tem o hábito de comprar, ou encontra o produto indisponível por não ter estoque. Isso também é um problema na execução.” 

Portanto, para que a estratégia funcione de ponta a ponta, é necessário analisar toda a jornada de compra e também hábitos de consumo, garantindo que não haja nenhum tipo de atrito para que o consumidor encontre o produto desejado, tenha certeza que é o produto que busca e consiga efetuar a compra.

Dicas para a implementação de um e-commerce eficiente:

  1. Faça um planejamento de negócio detalhado para definir as metas e estratégias;
  2. Escolha uma plataforma de e-commerce robusta e escalável que atenda às necessidades do respectivo negócio;
  3. Ofereça opções de pagamento diversificadas para atender as preferências dos clientes;
  4. Priorizar a segurança do e-commerce é essencial. Para isso, implemente certificados de segurança e criptografia de dados;
  5. “É muito importante dedicar tempo para criar conteúdo de qualidade sobre os produtos, fornecendo informações detalhadas e atraentes para os clientes”, contribui Camila Pedretti.
  6. É importante estabelecer uma operação logística eficiente, garantindo que os pedidos sejam todos processados e entregues de forma rápida e confiável;
  7. Opte por estratégias de marketing digital para promover a loja on-line. Entre os exemplos, marketing de conteúdo, mídias sociais e publicidade paga. Depois disso, é necessário divulgar o e-commerce.

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Como divulgar um e-commerce para a indústria?

Diferente de uma loja física, o ambiente online deve ser apresentado para que todos conheçam - já que as pessoas não vão simplesmente passar na frente da loja.

As dicas da especialista, neste caso, são:

1. Presença

É preciso que a empresa esteja presente nas redes sociais para que o público-alvo acompanhe suas atualizações. Para isso, é importante compartilhar conteúdo e interagir com os seguidores.

2. Outras ferramentas

Além das redes sociais, outra opção é criar um blog. Nele, a respectiva indústria poderá fornecer informações relevantes ao público sobre os produtos e serviços, bem como dicas e novidades do setor.

3. Otimização

A empresa pode também aplicar técnicas de otimização para mecanismos de busca (SEO) no próprio site. Essa ação tende a melhorar a visibilidade nos resultados de pesquisa.

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4. Anúncios

Anúncios pagos, como no Google Ads, por exemplo, ajuda a alcançar um público mais amplo e direcionado.

5. E-commerce responsivo

Outra coisa, a empresa deve se certificar de que o seu e-commerce seja responsivo. O canal deverá oferecer uma experiência de navegação otimizada e apta aos dispositivos móveis.

6. Atendimento

Canais de atendimento eficientes devem ser oferecidos. Entre eles, chat ao vivo, e-mail e telefone. Tudo isso para oferecer facilidade de contato ao cliente.

7. Campanhas

De acordo com Camila, vale criar campanhas de e-mail marketing segmentadas e personalizadas para alcançar e fidelizar os clientes.Nessas ações, podem conter ofertas especiais e atualizações relevantes – tanto da própria indústria, quanto do respectivo mercado.

Para finalizar, a especialista explica que “profissionais especializados como desenvolvedores, analistas de dados, especialistas em marketing digital, gerentes de projetos e de logística são essenciais para operar e otimizar essas tecnologias”.

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Não se esqueça de um modelo de negócio bem elaborado

Toda estruturação de um e-commerce passa, primeiramente, pelos desafios do negócio e as necessidades dos clientes. Portanto, para indústrias, é preciso ter total clareza sobre o posicionamento da marca e qual é o público-alvo que se deseja alcançar. 

Diante disso, Fernando Moulin indica que a empresa faça um diagnóstico completo sobre todos os temas de benchmarking, mercado externo, concorrentes, tendências, etc. “Quantas alternativas o consumidor final tem para comprar aquele produto/serviço? O consumidor está presente no físico e digital?”, pergunta.

A partir desse levantamento, a empresa estabelece todos os mecanismos de marketing, tecnologia, processos, governança e pessoas para constituir esse plano de negócios e executar o e-commerce com maior eficiência.

Também é importante criar a cultura de e-commerce internamente. Ou seja, não adianta colocar o site no ar se internamente a diretoria ou superiores não se convencerem que vale a pena investir em uma loja virtual. 

Então, é bastante importante ter dados para mudar o mindset da empresa e conduzir o e-commerce da sua indústria ao sucesso.

Quer saber mais? Então confira algumas dicas para implementar a cultura da inovação em sua indústria.

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