A quarta e maior edição da FEIMEC – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos abriu os portões nesta terça-feira, dia 7, no São Paulo Expo.
A tradicional cerimônia de abertura foi prestigiada pela presença, entre outras autoridades, do ministro do Empreendedorismo, da Micro e Pequena Empresa, Márcio França.
Como bem lembrou José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ, das 9.000 empresas que compõem a indústria brasileira de máquinas e equipamentos, a grande maioria é de pequeno porte.
Antes, Velloso citou os eventos trágicos que assolam a região Sul do país, em especial o Rio Grande do Sul, que vem sofrendo com fortes chuvas há uma semana.
“É uma tristeza o que estamos vivendo. Sem contar a perda de vidas humanas, o Rio Grande do Sul é extremamente importante para a indústria de máquinas no Brasil”.
Em seguida, relembrou temas que são caros ao setor e que estão na pauta do Congresso, como a Reforma Tributária, a desoneração da folha de pagamento e a depreciação acelerada.
Citou também relevantes políticas públicas que vêm impactando positivamente a indústria no sentido de aumentar a produtividade, como os programas Brasil Mais Produtivo e Mover.
“A indústria de máquinas é estratégica para o Brasil: promove melhores empregos, gera renda, desenvolve a tecnologia”, concluiu.
Maior edição da FEIMEC
Maurício Lopes, coordenador da Comissão Organizadora da FEIMEC, destacou que a quarta edição da feira é também a maior.
“Na primeira, em 2016, ocupamos 16 mil metros quadrados; agora, em 2024, são 80 mil”, comemorou. “Temos aqui o que há de mais moderno, uma extensa programação e oportunidades para estreitar relacionamentos e fazer bons negócios”.
Além de destacar o papel da indústria para o desenvolvimento de toda a sociedade e o papel da FEIMEC como polo gerador de conhecimento, networking e negócios, o presidente da Informa Markets LATAM, Marco Basso, ressaltou o compromisso do evento com a sustentabilidade e as iniciativas da organização para redução na geração de resíduos sólidos.
Vocação industrial
Rafael Cervoni, presidente da CIESP, fez questão de notar a vocação industrial do Brasil e o que isso significa na vida das pessoas:
“Os países industrializados fizeram toda a diferença no mundo durante a pandemia de Covid-19”.
Segundo ele, o setor industrial vem trabalhando fortemente com o poder público para ajudar as empresas a crescer e beneficiar as pessoas. Mas não deixou de reforçar a necessidade de políticas industriais que sejam um projeto de Estado, e não do governo de ocasião.
“Precisamos de uma política industrial de longo prazo, com previsibilidade e segurança jurídica”.
Em nome do BNDES, o superintendente Marcelo Porteiro Cardoso foi outra autoridade a reconhecer o papel da indústria, seja pela participação no PIB, seja na geração de emprego de qualidade e melhoria de vida dos trabalhadores.
Ele garantiu que o banco oficial de fomento vem participando ativamente do programa Nova Indústria Brasil, lançado pelo governo federal. “Desde 2023, foram disponibilizados R$ 100 bilhões para a indústria, sendo quase metade de pequeno e médio porte”.
A novidade anunciada pelo superintendente ainda para este ano é o Novo Cartão BNDES, que vai facilitar o acesso dessas empresas ao crédito do banco oficial.
Avanço na indústria paulista
“Não tem como um Estado crescer sem que a indústria cresça junto”, defendeu Jorge Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, que representou o governador Tarcísio de Freitas na cerimônia de abertura da FEIMEC 2024.
Ele citou diferentes iniciativas que o Estado vem promovendo no sentido de apoiar a indústria paulista, bem como políticas que visam a “descentralizar” o PIB de São Paulo – ou seja, desenvolver a indústria em regiões que vão além daquelas que hoje a concentram, como região metropolitana, Campinas, Sorocaba e outras.
No campo social, o secretário enxerga oportunidades que devem impactar o setor: “Neste ano, vamos construir 130 mil casas populares. Não tem como a indústria de máquinas não reagir positivamente a isso”.
Principal voz do setor no Congresso Nacional, o deputado federal Vitor Lippi, presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos, cravou que “não tem como o Brasil crescer na média mundial ou acima sem a indústria”.
Na sua avaliação, o problema não está no parque brasileiro, mas sim no Custo Brasil, que inviabiliza a competitividade. “Temos o pior sistema tributário do mundo, os maiores juros bancários e o maior volume de ações trabalhistas. Como a indústria pode prosperar nesse cenário?”.
Ele destacou o avanço da Reforma Tributária, atualmente em fase de regulamentação, e elogiou a qualidade do imposto único que foi aprovado.
Lembrou também que para cada emprego gerado dentro da indústria, quatro são gerados fora dela.
Gargalo
Última autoridade a discursar na abertura oficial da FEIMEC 2024, o ministro Márcio França citou os altos juros brasileiros como um dos gargalos para o crescimento da indústria nacional. “Precisamos continuar trabalhando para baixar os juros a níveis competitivos”.
Ele voltou a enfatizar a relevância das micro e pequenas empresas para o setor industrial e as garantias que o governo federal vem dando para a tomada de crédito por esses empresários, algo em torno de R$ 100 bilhões.
Visite a FEIMEC 2024
Até o sábado, dia 11, todos podem participar da maior feira de máquinas e equipamentos da América Latina.
Inscreva-se e participe da FEIMEC!
Informações:
Data: 7 a 11 de maio de 2024
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center - São Paulo/SP
Horário: 3ª a 6ª das 10h às 19h e Sábado das 9h às 17h
Iniciativa: ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Organização: Informa Markets LATAM
Instagram: @feira.feimec
Site oficial: www.feimec.com.br