A impressão 3D dá o pontapé em uma nova fase marcada pela produção de peças finais, depois de um período de estagnação devido à demanda suprida em grandes mercado como Estados Unidos e Europa, onde ficou amplamente conhecida pela força em prototipagem industrial. Com o codinome de manufatura aditiva, ela levanta bandeiras importantes para o setor de máquinas e equipamentos como alta customização, baixo volume, estoque virtual e confidencialidade. Além de prometer redução de 40% a 90% de tempo e entre 70% e 90% de custos nos processos de produção.
Essa estimativa leva em conta os relegados segundos e centavos perdidos entre um processo e outro de usinagem, moldagem ou fundição dentro uma fábrica, uma vez que as três etapas são substituídas pela impressão direta, camada sobre camada. No Brasil, são feitas cada vez mais aplicações na indústria, revela Paulo Farias, gerente geral da Stratasys no Brasil. “Aeronáutico, automotivo e manufatura, na fabricação de ferramenta, são setores demandantes.”
Dentre as exigências para atender a expansão de mercado está a utilização de matérias-primas com características específicas como certificação, resistências a torção e alta temperatura e que não gere fumaça em caso de combustão. Por isso, a impressão 3D está apoiada no notável desenvolvimento do plástico de engenharia, um sofisticado material responsável pela qualidade do material impresso. “Ele é tão ou mais importante que a impressora”, avalia Farias.
Diversas tecnologias contribuem para o avanço da manufatura aditiva, sendo que a FDM (Fused Deposition Modeling) e a PolyJet despontam pela versatilidade em requisitos de materiais, estéticos, propriedades mecânicas e desempenho. A primeira é capaz de criar peça altamente durável com resistências mecânica, térmica e química, além de poder passar por processos de acabamento pós-impressão. Com refinada precisão, o outro método é aplicado principalmente em protótipos, mas pode ser adequado para ferramentas de baixo volume, gabaritos e acessórios de montagem.
Versátil, a manufatura aditiva pode estar dentro ou fora do parque industrial. Em um cenário que a empresa ainda não tenha maturidade para geração das peças em terceira dimensão, é recomendada a contratação de um fornecedor capacitado para esse tipo de serviço. Contudo, quem tem um time com expertise no assunto ou precise guardar segredo industrial, pode adquirir uma impressora e enveredar pelo universo 3D.