Mais uma edição da Indústria Xperience se inicia! Entre 08 e 10 de Novembro, através da plataforma online e 100% gratuita, o público pode acompanhar uma programação intensa de palestras e apresentações focando em tecnologia, gestão e outros pontos relevantes para as indústrias em 2022 – e daqui para a frente.
A abertura do primeiro dia, nesta terça-feira, contou com a contribuição do fórum ABIMAQ Inova, focando no tema A Indústria no Metaverso.
Como a indústria tem adotado o metaverso e qual é a viabilidade desse conceito que veio dos games para o segmento de manufatura? Confira agora um resumo das apresentações ABIMAQ Inova.
A jornada digital e seus desafios
O que o mundo do metaverso revela? Quais são as tendências e desafios da tecnologia? Márcia Ogawa, Líder de Technology, Media e Telecommunications da Deloitte, aproveitou o evento para definir o metaverso como um “conceito embrionário”.
Segundo Márcia, a tecnologia deve ser aplicada na indústria, principalmente, para a capacitação da mão de obra, monitoramento, replicação e simulação de operações. “Um dos fatores de sucesso de uma indústria é a conectividade”, explicou a representante da Deloitte, complementando que a ideia é “fundamental para que as aplicações do metaverso funcionem”.
Para Márcia, o Brasil precisa reaver seus 2,5% na participação da produção mundial, já que, atualmente, esse percentual está em 1,28%. Um dos principais fatores para essa recuperação, conforme explicou a especialista durante a palestra, é a incorporação de novas tecnologias, com foco em inovação.
“Quando as empresas têm novas tecnologias, elas podem se organizar de maneira distinta. Os chamados ecossistemas digitais”. Esse conceito, a propósito, foi explicado durante a apresentação como algo essencial para incentivar novas formas de organizar a atividade econômica de uma empresa. Ou seja, saindo de uma relação linear e hierárquica para uma relação de colaboração.
Definindo o metaverso e suas aplicações na indústria
Outro conteúdo rico em informações sobre o metaverso direcionado à indústria foi a palestra apresentada por Silvio Meira, Cientista e Professor, com atuação na área de engenharia de software e inovação.
Silvio fez questão de abordar os desafios das indústrias para implantar o metaverso, bem como a variabilidade da demanda e vulnerabilidade. Para o professor, é preciso entender que o novo normal não se trata de um destino, mas de jornadas, já que o espaço figital (dimensões física, digital e social) é fluido e as conexões são efêmeras. Ou seja, o metaverso traz novos comportamentos, novas linguagens e novos resultados.
“O ser humano se redefine pelo virtual e, com o metaverso, ele é real, pois transcende o universo”. Entre as experiências oferecidas pelo metaverso para a indústria está a simulação da dimensão física da realidade. Isso inclui identidade corporativa, negócios, interação, aspectos legais e fiscais.
“Lembrando que o metaverso é parte da realidade, não uma alternativa a ela, e nem uma fuga”, frisou Silvio ao complementar que o conceito é persistente porque existe e evolui internamente mesmo quando não há ninguém interagindo com ele – mais uma vantagem para a indústria.
Especificamente para o ambiente industrial, o professor destacou alguns pontos: operação, captura, armazenamento, organização, documentação, busca, recuperação, processamento, compartilhamento, distribuição, apresentação e terminação. “No metaverso da indústria, as coisas são o centro das atenções”.
Outro ponto que ganhou destaque na palestra do professor Silvio foi sobre os princípios de comando e controle nas organizações da era industrial. Ele listou os seguintes parâmetros: decisão, hierarquia, decomposição, especialização, otimização, resolução de conflitos, planejamento centralizado, treinamento e avaliação, execução descentralizada e microgestão.
E finalizou: “tratar o metaverso apenas como um espaço virtual descarta todo potencial de um espaço-tempo definido por um fluxo de experiências intensivo em presença, identidade e continuidade”.
A indústria no metaverso
Já a palestra A indústria no metaverso teve a contribuição de Maurício de Menezes, gerente de publicidade e marketing digital na John Deere; Renato Leite, Portfolio Development Executive da Siemens; e Túlio Duarte, Diretor da Harbor. Os três apresentaram formas de aderir ao metaverso e como suas empresas estão trabalhando nisso.
Segundo Renato Leite, a Siemens busca com o metaverso a fidelidade ante ao que é visto no ambiente real. “É possível integrar equipamentos antigos, inclusive, e trazer para o metaverso, seguindo alguns protocolos de comunicação em plataformas robustas e criando indicadores de performance”, ressaltou.
Por sua vez, Maurício de Menezes destacou o conceito do metaverso no campo, ou seja, para o agronegócio. “O metaverso vem trazendo novas experiências e se enquadra como estratégia da John Deere para a conectividade no campo”. Para Maurício, com o metaverso, a indústria está apenas no começo de uma grande revolução que não tende a terminar. “Estamos enxergando no metaverso, e também na grande onda de inovação várias, oportunidades para o agronegócio. Não é possível avançar sem operar com soluções para o ecossistema digital”.
Para finalizar a sessão, Túlio Duarte ressaltou que os desafios para a indústria são distintos, mas as tecnologias democratizam as possibilidades. Isso significa que não somente as grandes empresas podem ter acesso a inovação, mas também as pequenas e médias. “Devemos fazer na Indústria 4.0 o que não conseguimos com a 3.0, levar tecnologia às indústrias de porte menor – é exatamente assim que a Harbor vem trabalhando”.
O metaverso e a jornada de transformação
Essa apresentação trouxe a colaboração dos especialistas Marcel Saraiva, Brazil Enterprise Sale Manager da Nvidia, e Cristiane Midori Ogushi, Marketing Product Senior da Sidia. Ambos focados na importância do desenvolvimento de soluções digitais.
Marcel começou explicando como a Nvidia tem observado as parcerias com o setor industrial e como a empresa está trabalhando para viabilizar o metaverso para a indústria.
Segundo ele, o conceito não pode ser controlado e não existe dono. Logo, a Nvidia trabalha com um padrão aberto universal, onde coloca softwares para “conversar”. Marcel apresentou os desafios da indústria para aderir ao metaverso: conectividade, capacidade computacional e dados. “Cada vez mais as empresas coletoras de informações terão dados para trabalhar suas equações”.
Cristiane continuou a apresentação dizendo que o principal destaque de um projeto em metaverso é a sua rede de mundos virtuais e interações sociais. “É fundamental ver as pessoas interagindo entre si. Metaverso é um ambiente de futuro”. A especialista completou que o melhor do conceito de metaverso é que ele não exige limite de audiência. “É possível obter o conceito em qualquer tamanho”.
Metaverso – Como gerar oportunidades e fazer negócios na Web3
A última palestra ABIMAQ Inova concluiu a primeira manhã de Indústria Xperience com chave de ouro. Fernando Godoy, Founder da FlexInterativa, frisou que “o metaverso é a junção de novas tecnologias para a entrega de novas experiências”.
Com isso, explicou que é possível levar todo e qualquer negócio para o metaverso. É preciso, no entanto, se basear em quatro pilares: presença (escolher com precisão o metaverso para onde o negócio será levado), NFT, experiência e phygital/figital (função do físico com o digital).
E finalizou com um dado importante: “se a indústria ignorar o metaverso, pode estar dispensando cerca de 25% de potenciais clientes, uma vez que esse percentual diz respeito a quem já aderiu ao método”.
Participe da Indústria Xperience 2022!
A programação segue online até quinta-feira, dia 10 de Novembro, a partir das 10h. Todo o conteúdo estará disponível na plataforma Indústria Xperience após o evento, mas você ainda pode aproveitar para participar ao vivo!
No segundo dia, o foco é o Empreendedorismo e o grande destaque é a palestra Fatores Críticos do Sucesso, por Lásaro do Carmo Jr. Já no terceiro dia, atenção total nas Soluções em Tecnologia.
Para assistir e interagir no chat, basta acessar a Indústria Xperience!