O Mapa Estratégico da Indústria é um documento elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com líderes nacionais da indústria, para apresentar propostas para o aumento da produtividade industrial no Brasil e sua integração ao mercado internacional. Saiba mais!
Em 2032, a indústria brasileira tem tudo para sair fortalecida, desde que apoiada em ações transformadoras, tomadas por parte de governantes e do setor privado.
A indústria brasileira precisa aproveitar as oportunidades que dão ao país grande protagonismo nas agendas de descarbonização e digitalização. Nessa direção, o setor tem tudo para se tornar global e adaptado às demandas e regulamentações dos mercados internacionais.
Essas são algumas das perspectivas apresentadas pelo Mapa Estratégico da Indústria, elaborado pela CNI.
Esse é um documento que apresenta uma visão de longo prazo para o desenvolvimento e o crescimento da indústria brasileira, tomando como base a identificação dos principais fatores que afetam a sua competitividade e oferecendo soluções de enfrentamento.
Mas você sabe o que é o Mapa Estratégico e quais são os fatores-chave para a competitividade da indústria brasileira na próxima década? Confira este artigo e tenha uma abordagem geral sobre o tema.
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O que é o Mapa Estratégico da Indústria?
Os desafios que o Brasil precisa enfrentar para se colocar no mercado global e voltar a crescer de forma sustentada estão no Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032.
Elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a participação de líderes empresariais, o estudo é uma agenda que visa à construção de uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional.
Para isso, segundo o documento, a indústria brasileira precisa atuar em duas frentes:
- Superação rápida das deficiências que aumentam os custos de produção e comprometem a produtividade, como a baixa qualidade da educação e o complexo e oneroso sistema tributário;
- Desenvolvimento de competências para construir o futuro. Isso exige iniciativas diversas, como o aumento da capacidade de inovação das empresas, a inserção na Indústria 4.0 e a participação na economia de baixo carbono.
Com uma visão de longo prazo, o Mapa Estratégico da Indústria foca no desenvolvimento e no crescimento da indústria brasileira, com base na identificação dos principais fatores que afetam sua competitividade internacional.
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Fatores-chave para a competitividade da indústria brasileira
Diante de um cenário mais competitivo e considerando as novas tendências mundiais e nacionais, o Mapa Estratégico da Indústria elegeu fatores-chaves para o Brasil ganhar competitividade de forma sustentável. São eles:
- Ambiente de negócios;
- Ambiente econômico;
- Baixo carbono e recursos naturais;
- Desenvolvimento humano e trabalho;
- Desenvolvimento produtivo;
- Inovação e tecnologia;
- Educação;
- Infraestrutura;
- Integração internacional.
Ainda segundo a CNI, cada um desses fatores-chaves está interconectado e desempenha um papel fundamental no sucesso da indústria brasileira.
Ou seja, o novo Mapa não estabelece uma relação hierárquica entre os fatores-chave, privilegiando a interconexão entre eles.
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O ambiente de negócios adequado, que se baseia em regulamentações claras e segurança jurídica, é a base para atrair investimentos em infraestrutura, comércio internacional e inovação.
Para a CNI, o ambiente econômico, que inclui políticas monetárias, fiscais e tributárias, também influencia diretamente na capacidade de investimento e no crescimento sustentado da indústria nacional.
A transição para uma economia de baixo carbono, por sua vez, depende de políticas de desenvolvimento produtivo e inovação.
Isso passa, necessariamente, pela capacidade de implementação de uma política de desenvolvimento produtivo eficiente, orientada à tecnologia e à inovação e capaz de promover incrementos de produtividade.
Já a educação e o desenvolvimento humano são o alicerce fundamental para o progresso e o desenvolvimento de uma sociedade. Por isso são essenciais para capacitar os trabalhadores e promover a produtividade.
A infraestrutura é também crucial para garantir a competitividade e a resiliência da indústria, enquanto a integração internacional abre oportunidades de mercado e cooperação.
Para a CNI, fortalecer e expandir a infraestrutura nacional permite que o país crie bases sólidas para catalisar seu progresso, atrair investimentos e alcançar um desenvolvimento pleno e duradouro.
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Referência para o debate e a elaboração das propostas da indústria
Nos últimos anos, o Brasil registrou avanços significativos em sua agenda nacional. Eles visam um maior poder de competitividade das empresas nacionais e a estabilidade econômica.
No entanto, segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, fazer mais do mesmo não reverterá, com a intensidade necessária, a trajetória percorrida nos últimos anos. E o Mapa Estratégico da indústria toca nesse ponto diretamente.
“Somente com um trabalho contínuo e persistente de reformas econômicas e institucionais que poderemos recuperar e alcançar patamares mais elevados de produtividade e competitividade da nossa indústria”, afirma.
Neste mesmo contexto, simulações realizadas pela CNI mostram que, com a implementação das ações propostas neste Mapa Estratégico, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, calculado pela paridade de poder de compra, crescerá 4% ao ano, em média, a partir de 2023.
Caso esse cenário se confirme, o PIB per capita aumentará 3,5%, em média, com a população crescendo a uma taxa de 0,5% ao ano.
Com isso, a renda dos brasileiros dobraria em 24 anos e passaria de aproximadamente US$ 14 mil registrados em 2016 para cerca de US$ 30 mil em 2040.
Persistindo nesse ritmo, o PIB per capita do Brasil atingiria US$ 50 mil em 2054, o mesmo patamar da renda dos Estados Unidos, da Holanda e da Suíça em 2016.
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